sábado, 16 de maio de 2009

Frenesi

Este ser não percebe que não preparei meu espírito, mas sim meu corpo... é ele quem responde por mim. Não quero estar em vida onde habitam os anjos, não quero que enxergue minha alma. Quero que sinta a temperatura de minha pele. Neste momento abri mão do meu equilíbrio para viver as sensações concretas do ser humano... Portanto, não me peça coisas fora deste plano, não me tire da realidade pois não volto aos devaneios e as coisas sutis. Deixa-me ser agressiva, sem me importar com o depois. Não estou em condições de ter pudores... perto de pessoas como você, perco minha identidade. Chega de pensar nos teus receios, sei que não posso te obrigar a estar em minhas mãos, mas acostume-se com minha presença constante, e a cada noite que passar, ao lembrar de meus traços, sentirá ao menos um terço da sensação que me inunda e que me faz desconhecer a diferença entre o homem e o animal.

Um comentário:

Eu, em percurso rumo ao SER... disse...

Que solene e aterrador sentimento é este? Pareceme que embebido de realismo fantástico desdenha de quem por apegar-se demasiado ao equilibrio estático esquece-se do caminhar... e que este é composto de uma série contínua de desequlibrios que compõe um outro mais sutíl:o do equilibrista, do bebado, do poéta e da criança...
Gosto dele...