sábado, 28 de maio de 2011

Aos jovens que admiro

Existem jovens que abnegam de seu egocentrismo para vislumbrar o que se passa atrás do muro. Aqueles que deixaram a infância há algum tempo, se perderam em certos percalços que a vida lhes colocou, entretanto batalham para obter ao menos um pouco do que o mundo ousa em lhes tirar.
São tantas cores, tantos olhares, curiosidades... Eles apenas têm um modo diferente de reivindicar. Não são insuportáveis nem “aborrecentes” como todo mundo diz.
Empunham escudos de cera, que se desfazem no momento em que eles se deparam com alguém que os considera de verdade.
Olhos de expectativa, que reprimem quando necessário, mas que também acolhem com sinceridade.
Rebati toda a rispidez com sorrisos, driblei a insegurança, com afeto. Senti mais medo que vocês, mas permaneci.
Aprendi que até o deserto é fértil, quando semeado com amor.