sábado, 29 de novembro de 2008

Percepção

Esta noite me pus novamente a analisar meu coração, percebo que nele ainda percorre uma fina seiva de doçura... Quando veio sua lembrança à minha mente hoje... Senti reacender aquele sentimento inicial, que fazia com que eu estivesse tão completa, como um copo cheio até a borda. Hoje você segurou meu coração em suas mãos, fez ele lembrar de quanta euforia sente por sua existência. É impressionante a capacidade de transmutação deste sentimento, ele me leva a uma evolução constante. Não importa o que aconteça, eu colhi relíquias para minha existência. Esta noite eu te amei no meu imaginário...

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Retrocesso

Realmente... meu coração resolveu penetrar em um labirinto. Coração meio esquisito este meu. Ele busca afeto nas mais longínquas terras, percorre solos áridos, onde a planta não sabe se vinga. Coração errante, parece que busca motivo para pulsar. Já disse a ele para se dedicar somente ao ciclo biológico, mas é tão teimoso! Ele pensa até que é mais forte que eu, mas no final ele sempre cede e acaba seguindo a direção correta. Eu aceito os desvios dele para debochar depois, é engraçado, gostoso e excitante, ver o coração extasiado por alguém... hahaha!!! E quando ele vem correndo pra mim, perguntando: - Minha senhora, o que houve?! Por que não fui ouvido?!
Neste momento chega o auge do meu prazer: - Coração, volte pra mim, descanse e retorne à etapa inicial.

domingo, 16 de novembro de 2008

Passos (Versão Nº 2)

Foi-se o dia em que teus passos soavam confortavelmente no chão, trazendo euforia a meu ser. Hoje... Oh criatura, hoje... teu pisar no solo encaixa-se como um punhal em meu coração. Só me restaram estas lamentações, pois minha alma agora encontra-se desfragmentada.
O porquê disso tudo? Ora cavalheiro! Não quero mais receber teu amor através de um conta-gotas! Acaso pensa que sou o cão que aguarda as migalhas por debaixo da mesa? Encontro-me aqui, agachada, juntando os fragmentos do meu psicológico.
Agradeço a compreensão.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Você

Você é como o vento... Como a veia que foge à agulha.
Algo tão distante, tão indefinido, você aos poucos se desfaz como a névoa...
Logo não deixará vestígio algum, sua neutralidade causou esta conseqüência.
Vá! Vá! Volta a deixar este coração vazio!
Pior disparate, foi não deixar esta dama ocupar o trono de sua afeição.