terça-feira, 24 de novembro de 2009

Menino...

Em pensar que a causa de minha insônia, encontra-se em tão inocente olhar...
Apesar da incerteza sobre que pensamentos lhe tomam, gosto de imaginar que tu habitas meu mundo, te entrega à euforia de cada encontro, sempre almejando mais... (assim como eu).
De fato existe um perigo nesta entrega, algo que me faz esquecer minha real condição. Este meu sonhar enlouquecido com a tua presença me assusta muito. Ainda mais sabendo que eu possa morrer envenenada por meus próprios devaneios. Não quero acordar desta fantasia, menino...
Queria poder chegar mais perto de onde habita tua emoção, talvez assim eu pudesse transmutar teu sentimento e fazer com que queiras para ti, meu colo como aconchego.

sábado, 14 de novembro de 2009

Aquelas que me habitam 2

Luna tem estado mais presente... ao perceber os estragos que Amarílis havia feito, caiu em profunda depressão, sentiu-se impotente e desvalorizada. O que a entristecia mais, era saber que após esta queda, ninguém se compadeceu de seu estado. As pessoas pareciam mais distantes, ou então, nunca se importaram de fato. Considerando a indiferença delas, Luna começou a avaliar a situação e a refletir as atitudes de Amarílis... “No fundo Amarílis está certa, ela joga o jogo das pessoas, faz a vida efêmera, ressalta os prazeres que se tornaram seu vício. Não se envolve para que as indivíduos não a machuquem... para que eles não machuquem eu, Luna!”

Luna chega a uma conclusão inusitada, agora percebe Amarílis como sua protetora, aquela que usa os outros para se vingar, faz deles insignificantes, age como eles, dá em troca o que sempre recebeu, o que “elas” sempre receberam.

Aquelas que me habitam, não estão em mim com o propósito de corromper uma à outra, elas são minha fonte de análise daquilo que recebo. Através delas tenho um suposto equilíbrio. Uma ou outra sempre entra em ação, de acordo com minha necessidade. Estas presenças são importantes pra mim, pois sem elas, eu jamais teria condições de interpretar um mundo tão vazio...