quinta-feira, 9 de abril de 2009

Aquelas que me habitam

Hoje eu quero falar do temperamento daquelas duas... Luna é tão doce, cativante, menina agradável e inocente... Possui os sentimentos mais puros que já vi. A outra mulher se chama Amarílis, o oposto de Luna. Esta segunda, se toca-la por um instante, perceberá que seu corpo é sempre quente, febril, porém não é enfermidade que lhe atinge e sim o calor dos desejos mais intensos que possam habitar um ser humano. O conflito entre as duas é visível. Luna, que foi a que sempre esteve mais presente, a original, e oficial possuidora da legitimidade daquela vida, agora perde espaço para Amarílis. Luna não gosta de sentir sensações, odeia chamar a atenção, ser mal vista é algo que perturba seu psicológico... Ela tem problemas com homens e não quer que eles se aproximem. Incomoda sentir o olhar libidinoso do sexo oposto sobre seu corpo. Encontrou refúgio na religião, não é fanática, mas não pensa ser errado a auto punição física como método de elevação espiritual.
Amarílis... Nos momentos de fraqueza de Luna, rouba a cena e faz valer sua impetuosidade... Gosta do sexo oposto, sente seu corpo estremecer com um olhar malicioso. Se masturba várias vezes na semana e sente que o desejo não vai embora... Saborear mais de um beijo durante o dia, vindo de lábios diferentes, alimenta sua sede, porém não à farta. Ela não sabe mais diferenciar amor de compulsão. Presencio diariamente o conflito destas mulheres, pois infelizmente, é em mim que elas habitam...

Um comentário:

Eu, em percurso rumo ao SER... disse...

Que lindo!!
Ótima definição do conflito interior... Sertamente tenho uma versão masculina de Luna e Amarilis em meu intimo, mas não as traduzi em prosa...

Beijus!!